28 maio, 2008

inauguração I

Da série Love Forbids Us To Love
(
© Miguel Santos)

Depois do arranque com um nome consagrado, José M. Rodrigues, a galeria de fotografia Pente 10 aposta agora no trabalho de Miguel Santos que se estreia no suporte fotográfico em Portugal. Love Forbids Us To Love é o título escolhido para o conjunto de 32 imagens captadas ao longo de uma longa viagem por lugares incertos e sempre ao volante de um carro que aqui é bem mais do que um invólucro que serve para nos levar de um sítio para o outro. Há nestas fotografias uma presença constante dessa máquina que vai pautando a velocidade, o percurso, os cenários, a luz, a quase escuridão, a vertigem e até a forma do que ficou registado, como que a imitar o widescreen do pára-brisas. Aqui, são-nos dadas as condições mínimas para a deslocação, a procura ou a fuga. Agora, embarque quem quiser.

Da série Love Forbids Us To Love
(
© Miguel Santos)

Love Forbids Us To Love, de Miguel Santos
Galeria Pente 10, Travessa da Fábrica dos Pentes, 10, Lisboa
(ao jardim das Amoreiras)
Até 27 de Junho

1 comentário:

Anónimo disse...

Um conjunto de imagens captadas ao longo de uma viagem solitária de carro onde a velocidade parece sorver o contorno nítido dos caminhos deixando-nos um rasto meio impreciso e ao mesmo tempo acentuado dos mesmos. Quase todas as fotografias resultam deste triângulo entre a noite, a luz "artificial" que trespassa a escuridão e se faz expressão com a velocidade que o automóvel atinge. Tudo a partir de um pára-brisas e ao volante de um automóvel de onde resultam imagens-sensação que dificilmente se esquecem. Recordo o foco de luz na noite da primeira fotografia a romper o escuro e o pormenor de um retrovisor de uma das últimas fotografias de dia. Aquela ordem pareceu fazer para mim sentido e achei o conjunto coerente no sentido em que umas imagens reforçam as outras e as protegem da monotonia. Apercebi-me também que a nova imagem deste blog é uma fotografia de Miguel Santos presente na exposição e que é interessante ver em grandes dimensões. Com a contemporaneidade da arte sinto muitas vezes frio, o que não foi o caso desta vez.

 
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