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25 fevereiro, 2012

 fotografiafalada


© José Maçãs de Carvalho

(José Maçãs de Carvalho) 


Parti para este trabalho com a ideia de oposição. Os painéis são um ícone e formam uma ideia de sociedade portuguesa que pretende incluir toda a gente. Mas eu quis falar dos espoliados,
dos que ficam de fora, nos nomes que já existiram em Portugal e que foram proibidos pelo registo civil português. Creio que é uma medida que contribui para a perda de identidade. Para além da ausência (das caixas identificadas com nomes, mas vazias), quis mostrar também algo que significasse conteúdo, e daí as barras de ouro que preenchem de forma fantasiosa uma ideia de totalidade e de garante de viabilidade de um Estado.

© José Maçãs de Carvalho


Políptico, Espaço BES Arte & Finança, Lisboa
José Luís Neto, Carmela García, José Maçãs de Carvalho, Cristina Lucas, Pierre Gonnord, Pedro Cabral Santo
Até 24 de Abril

05 fevereiro, 2012

 fotografiafalada


© José Luís Neto

(José Luís Neto)

Uma das características do trabalho fotográfico que tenho vindo a desenvolver desde 1993 foca-se na reflexão do próprio meio e em imagens de arquivo. A série Inutilizado? é desenvolvida a partir de um negativo de gelatina e prata em suporte de vidro, no formato 13x18cm, do Museu Nacional de Arte Antiga, cuja imagem é uma reprodução fotográfica de um dos Painéis de São Vicente (Painel do Arcebispo), que se encontra muito desvanecida, quase transparente. Ainda preserva em algumas partes do negativo a representação figurativa inicial, dificilmente decifrável na sua superfície bidimensional, e noutras a “passagem do tempo” deu lugar a formas completamente abstractas. Neste trabalho, procuro mostrar a temporalidade, baseada na leitura do detalhe de uma imagem com cerca de 75 anos, respeitando todas as marcas visíveis sofridas pela matriz na emulsão fotográfica e no seu suporte de vidro (manchas, pó, riscos...) desde a sua exposição até aos nossos dias. As fotografias dos pormenores da imagem reflectem uma tentativa de revelar e acrescentar algo que não se vê quando se olha para a imagem.



Políptico, Espaço BES Arte & Finança, Lisboa
José Luís Neto, Carmela García, José Maçãs de Carvalho, Cristina Lucas, Pierre Gonnord, Pedro Cabral Santo
Até 24 de Abril

02 julho, 2010

 fotografiafalada


Krakatindur, da série Iceland
© Manel Armengol



(Manel Armengol)

Estas são seguidas. Houve uma noite que não dormi. Estávamos num refúgio. Na segunda viagem tive um ajudante islandês porque não me via capaz de conduzir sempre e transportar todo o material sozinho. Estas duas fotografias foram resultado de uma noite sem dormir porque no refúgio havia muitas pessoas a dormir lado a lado, algumas delas a ressonar… não conseguia dormir. Saí de madrugada. Há uma da manhã, acordei o ajudante e disse-lhe que íamos fazer fotografias. Fui até ao topo da montanha onde estava o refúgio e, quando cheguei, eram duas ou três da madrugada, havia uma luz ténue, silêncio absoluto… Até que vi a primeira luz do sol no pico desta montanha que era de uma coloração ocre. Era uma imagem muito intensa porque tudo à volta era negro, rocha vulcânica… talvez seja uma das imagens desta série em que se nota mais esta tentativa de compenetração com o que estava a ver… creio que transparece, que se percebe isso. É um momento mágico, pode parecer até um pouco teatral, mas foi um momento muito forte, muito real. Não sei se para além de mim, as pessoas conseguirão sentir isso.



Blautaver, da série Iceland
© Manel Armengol




Manel Armengol, Terrae
Galeria Pente 10, Trav. da Fábrica dos Pentes, 10, Lisboa,
Até 3 de Julho

28 junho, 2010

 fotografiafalada


Islândia, 2003
© Manel Armengol

(Manel Armengol)

Esta fotografia funcionou para mim como núcleo definidor da minha primeira viagem à Islândia, uma viagem totalmente solitária, durante 12 dias. A maior parte do tempo, estive em silêncio, sozinho. Para mim, esta condição foi fundamental, porque a relação que estabeleci entre mim e o mundo exterior acabou por ser fortíssima…
Era para mostrar apenas a montanha do vulcão. Estava a entardecer, já havia pouca luz, mas em Julho nunca anoitece completamente, há sempre alguma luz. E assim de repente, ao vê-la de longe… gosto de tudo o que são cosmogonias, relatos antigos das origens… pareceu-me uma mesa ritual no meio da planura… uma ideia que me surgiu como uma aparição – uma mesa ritual natural: ‘vou parar aqui’, pensei. Estava tudo enevoado. ‘vou esperar para ver se aparece uma luz especial, alguma coisa’, pensei. Estava um vento tremendo, ao ponto de ter de me proteger por trás do carro para não ser atirado para o chão. Tinha a câmara e o tripé preparados. Esperei uma meia-hora até que esta luz se definisse. Foi uma emoção… estava à espera que acontecesse alguma coisa que efectivamente aconteceu… alguma coisa que era muito improvável que acontecesse, mas que acabou por acontecer… foi um momento mágico, fundamental, foi a imagem que sustentou todo o trabalho da primeira viagem. Recordo-me de ter pensado que estava perto de um antigo vulcão e da sua chaminé e de pensar que ia a até ao centro da terra… lembrei-me também da lava e das cosmogonias do axis mundi… o que é que existe entre o céu e o centro da terra? Surgiu-me esta pergunta enquanto esperava
.

Manel Armengol, Terrae
Galeria Pente 10, Trav. da Fábrica dos Pentes, 10, Lisboa,
Até 3 de Julho

26 novembro, 2009

 fotografiafalada


Ferrnando Lemos, Lygia Fagundes Telles, s/d, s/l
Fernando Lemos © Colecção Fundação Cupertino de Miranda


Há novas fotografias a sair dos negativos de Fernando Lemos. Fotografias nunca antes vistas publicamente e aqui divulgadas em primeira mão. O artista que criou as primeiras imagens fotográficas surrealistas em Portugal – mostradas na polémica exposição da Casa Jalco, em Lisboa, em 1952 – andou a vasculhar o seu arquivo a pedido da Colecção Fundação Cupertino de Miranda (Vila Nova de Famalicão), onde hoje é inaugurada uma exposição que já inclui as novas imagens. Enquanto as cópias estavam a ser ultimadas no laboratório, falámos com Fernando Lemos sobre este regresso a uma série marcante, cheia de retratos de amigos. O fotógrafo gosta de dizer que foram “actos amorosos”

Fiquei positivamente surpreendido ao ver estas imagens ampliadas com papel de alta qualidade. Ganharam outra energia. Tenho recordações de muitos dos retratados. Estas fotografias eram actos amorosos. Eram gente da oposição, não iam na conversa do Estado Novo. Vivíamos clandestinamente, fazíamos encontros às escondidas para mostrar e falar sobre as coisas que íamos criando. Estes retratos, de uma forma geral, representam muito para mim.


Fernando Lemos, Agostinho da Silva, s/d, s/l
Fernando Lemos © Colecção Fundação Cupertino de Miranda


Com este trabalho, há essa coisa que eu considero boa que é todos os retratados se terem tornado cúmplices do jeito de eu fazer a fotografia. Ninguém se aburguesou para tirar um retrato. Com gravata ou sem gravata, não interessava. Há muitas com dupla exposição, como eu gostava de fazer para mostrar as mudanças de fisionomia que vamos tendo de um instante para o outro. O retrato não é uma coisa estática. Eles saborearam muito isso.

Fernando Lemos, Willys de Castro, s/d, s/l
Fernando Lemos © Colecção Fundação Cupertino de Miranda

Estes retratos nunca foram mostrados. Foram tirados dentro de um grupo de amigos e conhecidos no início dos anos 50. (…) Tenho muitos outros, mas achei que não valia a pena ampliá-los porque os negativos não estavam bons. É um pouco do Brasil que trouxe. As minhas amizades, as minhas relações. (…) Esta série é inédita até pela técnica. Talvez seja a última vez que esteja a tirar as imagens dos negativos originais. Há muito que não mexia neles. Ficaram com umas “bexigas” [marcas brancas, impurezas…]. O tempo vai deixando a sua marca.

(Fernando Lemos, P2, Público, 27.11.2009)

Fernando Lemos - Fotografia
Fundação Cupertino de Miranda, Vila Nova de Famalicão
Até 26 de Fevereiro

17 abril, 2009

 fotografiafalada


August Sander, People of the 20th Century, 1929
© Die Photographische Sammluny/SK Stiftung Kultur, Colónia

O projecto de retratos de Sander para a república de Weimar é um grande monumento da fotografia do século XX. Estabelece um método de trabalho meticuloso e é um dos fundadores da fotografia tipológica. Para ele, uma imagem é sempre insuficiente. O importante era o projecto, a estrutura de trabalho. É esse aspecto que se tenta sublinhar nesta exposição. Não se tratava apenas de incluir boas ou grandes imagens, bons ou grandes autores, mas de compreender métodos de trabalho, produção de conhecimento e de estruturas de arquivo. O arquivo é justamente isso – a produção de conhecimento e de saber.

(Jorge Ribalta, P2, Público, 14.03.2009)

Arquivo Universal - A condição do documento e a utopia fotográfica moderna
Museu Colecção Berardo, Centro Cultural de Belém, Lisboa
Até 3 de Junho

04 abril, 2009

 fotografiafalada

Edgar Martins, The Accidental Theorist
© Edgar Martins


Nesta série (The Accidental Theorist) há uma ausência de vida e uma escassez propositadas. Dou importância ao silêncio nestas fotografias, cujos cenários, tal qual um buraco negro, parecem ter consumido todos os vestígios e sinais de vida. Todo o meu trabalho que envolve a noite lida com a questão da representação através da ausência. A área escura acaba por funcionar quase como uma tela branca para que quem observa consiga projectar a suas experiências, as suas memórias.

Estou interessado no aspecto teatral das imagens, na performance, mas não no sentido tradicional da palavra. Estou interessado em representar a performance do mundo consigo próprio enquanto conjunto de processos e factos. E a única forma de captar isto é abrandando o tempo. É por este motivo que recorro sempre a longas exposições e um dos motivos pelos quais utilizo a máquina fotográfica como máquina de filmar.

Gosto da ideia de que todo e qualquer espaço faz um processo de mutação instigado pela pessoa que observa e sempre que o observa. Se conseguirmos abrandar o tempo o suficiente talvez consigamos captar essa performance. Há uma ambiguidade inerente às imagens que também é importante. Isto remete para a fotografia enquanto processo de representação. Estou interessado naquilo que André Breton chamava de object trouvé (objecto encontrado). Fotografo apenas aquilo que se encontra nas praias, os vestígios da presença humana. No entanto, isto não é explícito. O observador não sabe o que se passa nestes espaços.

Muitas vezes perguntam-me se estas fotografias são feitas com recurso a pequenos cenários de estúdio. A ambiguidade é importante porque confere ao trabalho um lado teatral que é o que dá vida às imagens. A luz misteriosa é uma característica que une todos os trabalhos nocturnos e um dos aspectos que transmite uma carácter surreal a estas obras. A qualidade da luz vem das longas exposições. Num conjunto de 40 imagens, haverá cinco que foram fotografadas em espaços que tinham alguma fonte de luz artificial, não minha mas das próprias praias. A olho nu estas praias apareceriam totalmente escuras. Aquilo que as longas exposições fazem é trazer à luz esses espaços que têm alguma fonte de iluminação. Nunca iluminei as praias. A maioria estava quase na penumbra.

Esta ideia de falta de controlo é muito importante em todos os trabalhos. Não quero ter o controlo total sobre os espaços. A única forma de permitir que essa performance aconteça é havendo algum elemento de espontaneidade, é não tentar controlar a situação. Quando se utiliza exposições muito prolongadas é tudo mais difícil de controlar.

Quero que estas imagens sejam ambíguas porque, para mim, o processo é tudo. Se de facto houver alguma ambiguidade, acho que quem observa poderá questionar o processo de produção das fotografias. Haverá pessoas que vão considerar que são controladas digitalmente - mas a verdade é que não são. Não há qualquer intervenção da minha parte, para além do enquadramento.

Topologias, de Edgar Martins
Museu do Oriente, Lisboa
Até 19 de Abril

30 março, 2009

 fotografiafalada

Edgar Martins, Landscapes Beyond: The Burden of Proof
© Edgar Martins


Há uma relação muito interessante entre estas duas séries. A dos fogos florestais (The Rehersal of Space) foi produzida entre 2005 e 2006 em Portugal. Inicialmente era para ter sido feita a partir de uma residência em várias corporações de bombeiros pelo país fora, mas esse esquema não funcionou. Acabei por ter ajuda da Protecção Civil e todas as manhãs telefonava a pedir as coordenadas dos incêndios activos. As fotografias de glaciares (Landscapes Beyond: The Burden of Proof) foram todas captadas em países nórdicos, nomeadamente na Islândia.

As imagens das duas sérias são muito fotográficas no sentido ortodoxo da palavra. São minimalistas. São muito… fotográficas, não sei bem que outra expressão usar se não esta. São algo ortodoxas a nível estrutural, a nível formal e a nível pictórico. Quero que o observador faça uma primeira leitura e, à medida que as for estudando, se aperceba que algo mais sinistro está a acontecer dentro delas.

As fotografias de fogos, foram criadas para fazer alusão à pintura romântica de William Turner e John Constable. As imagens de glaciares tentam fazer alusão à fotografia topográfica do século XIX, do apelo ao histórico e ao sublime. No entanto, a particularidade destas fotografias é que, enquanto as pinturas de Turner e Constable celebravam a vida e a morte, estas fotografias fazem o oposto. Anunciam não só a morte do espaço, mas a morte da paisagem como tema pictórico.

A série das paisagens nórdicas surgiu depois das imagens de fogo, mas foram estas que inspiraram as primeiras. De uma forma geral, o meu trabalho lida com duas polaridades: o impacto do modernismo no meio-ambiente em sentido lato; e com a fotografia enquanto processo de representação. Sempre fiz alusão não só ao uso de determinados temas dentro da fotografia, como também à forma como estes temas são entendidos pelo próprio observador. Queria criar um trabalho que lidasse com paisagem, mas que fosse para além disso – que reflectisse sobre o tema da paisagem.

Sempre tive um grande fascínio pela fotografia topográfica do final do século XIX e início do século XX, não pelas fotografias em si, mas pela função que essas fotografias tinham na sociedade. Hoje em dia, a fotografia já não tem as mesmas funções. No trabalho de paisagem nos países nórdicos quis criar imagens que possam ser vistas quase como um exercício de futilidade. Ou seja, nos antigos esquemas topográficos, a fotografia trazia ao mundo espaços remotos, espaços que nunca tinham sido vistos. Nestes trabalhos fiz expedições. Fui com equipas de geógrafos, de geólogos e com equipas de socorro. Quis ir a sítios desolados, de difícil acesso. Embora não estejam muito presentes, sabia que ao representar estes espaços estava a captar lugares que, de uma forma ou de outra, já eram conhecidos. É neste sentido que digo que o resultado desta série acabou por ser um exercício de futilidade. E é neste sentido que estes trabalhos lidam com a morte da paisagem como tema pictórico.

(Edgar Martins)


Edgar Martins, The Rehersal of Space
© Edgar Martins

Topologias, de Edgar Martins
Museu do Oriente, Lisboa
Até 19 de Abril

20 março, 2009

 fotografiafalada

Robert Adams, Tract house and vegetable garden, Longmont, Colorado, EUA, 1973
Cortesia George Eastman House


Esta fotografia fala-nos do presente.
Ao mesmo tempo que relê a idade de ouro da fotografia documental dos anos de 50 e 60 está a ser coerente com as ideias do conceptualismo.
Nos anos 70, o documento fotográfico já não é um produto fácil, requer metodologias complexas, já não é como o naturalismo do século XIX. Os fotógrafos conceptuais desta década estão a fazer uma contribuição sobre a transformação do espaço urbano. Não só nos deixam a crítica da representação, o conceptualismo, como também nos deixam todo o discurso sobre o direito à cidade num momento em que a cidade está a desaparecer.
A exposição
New Topographics: Photographs of a Man-Altered Landscape, na qual Robert Adams participou, ajudou a redefinir o documento fotográfico em relação à cidade, numa época em que a cidade se estava a converter num território parecido com o que vivemos hoje - a cidade neoliberal, privatizada. Eles começam a mostrar esta realidade no momento em que começou a acontecer.

(Jorge Ribalta, P2, Público, 14.03.2009)

Arquivo Universal - A condição do documento e a utopia fotográfica moderna
Museu Colecção Berardo, Centro Cultural de Belém, Lisboa
Até 3 de Junho

31 janeiro, 2009

 fotografiafalada

© Paulo Catrica


A clarabóia
Ilumina em tons de vermelho um pequeno átrio. As fotografias de arquitectura quase sempre disciplinam os assuntos, fazendo-os parecer mais interessantes do que, de facto, são. Por isso elas são, para os arquitectos, a melhor forma de ver a coisa. Como refere Beatriz Colomina, na arquitectura, enquanto sistema de representação, o edifício é a fotografia.


(Paulo Catrica, P2, Público, 16.01.2009)

ReHospitalidade: H08, de Paulo Catrica
Silo-Espaço Cultural, NorteShopping, Porto
Até 28 de Fevereiro

28 março, 2008

 fotografiafalada

Acidente na Via Rápida, Porto, 2007
(Augusto Brázio)

Esta mão pode ser a mão que nos puxa para o lado de cá, para a vida. Quando ia para o Porto ficava sempre uma semana na base do INEM no Hospital de S. João e dormia lá num saco-cama à espera das chamadas. Esta fotografia aconteceu já nos últimos dias e estava muito cansado. Uma das maiores dificuldades deste trabalho é que não se pode ser um empecilho para quem trabalha e nestes momentos há muita confusão. Mas as pessoas que mais implicavam comigo eram os mirones e não as equipas de socorro.

(Augusto Brázio, P2, Público, 19.02.2008)

INEM, 25 anos
Augusto Brázio (fotografias) e Rita Garcia (textos)
ed. Instituto Nacional de Emergência Médica, 2008

05 dezembro, 2007

 fotografiafalada


Espaço T
(© Inês d`Orey)

Esta imagem foi captada num contexto muito especial. Tirei fotografias antes do arquitecto ter decidido começar as obras de recuperação [do Espaço T]. Estas árvores são os restos de uma instalação feita para a casa que recebeu uma série de outras instalações que se espalharam pelas divisões do edifício.

(Inês d`Orey)

Porto interior
FNAC NorteShopping, Porto

Até 4 de Janeiro

18 novembro, 2007

 fotografiafalada


Teatro Sá da Bandeira
(© Inês d`Orey)
O Sá da Bandeira é um teatro do Porto que ainda não foi transformado numa coisa horrível, como muitos sítios estão a ser transformados no Porto. Está meio decandente. Eu sei que vão fazer obras e por isso fiquei mesmo contente por ter conseguido fotografar antes da mudança acontecer. Tenho alguma nostalgia dos espaços, principalmente dos cafés que estão a perder-se.

(Inês d`Orey)

Porto interior
FNAC NorteShopping, Porto

Até 4 de Janeiro

12 novembro, 2007

 fotografiafalada


Silo-auto
(© Inês d`Orey)

Neste dia decidi fotografar não o parque de estacionamento mas um salão de baile que existe no último piso e que é surreal. Chama-se “Bate o pé”. Consegui entrar, mas acabei por não usar nenhuma fotografia, porque achei que não tinham ficado bem e apareciam muitas pessoas. À medida que fui descendo fui fotografando o parque de estacionamento que acho muito bonito.

(Inês d`Orey)

Porto interior
FNAC NorteShopping, Porto

Até 4 de Janeiro

08 novembro, 2007

 fotografiafalada


Cooperativa dos Pedreiros
(© Inês d`Orey)

Este quarto pertence a uma hospedaria que existe numa das torres da Cooperativa dos Pedreiros que tem um restaurante lindíssimo lá em cima. Este quarto é muito alto. Fica talvez no12º andar. Tem vistas incríveis sobre o Porto. Apesar de ser um quarto de hotel, tem um ar de quarto de uma casa de habitação. Gosto muito destes quartos porque estão preservados e têm mobiliário de época.

(Inês d`Orey)

Porto interior
FNAC NorteShopping, Porto

Até 4 de Janeiro

06 novembro, 2007

 fotografiafalada


Hospital da Trindade
(© Inês d`Orey)

Acho que só me deixaram fotografar esta sala de espera porque o pedido foi acompanhado pela informação de que eu tinha sido operada neste hospital no ano anterior. Foi nesta sala que andei de um lado para o outro. Tem uma carga emotiva forte para mim e se calhar só eu percebo essa importância.

(Inês d`Orey)

Porto interior
FNAC NorteShopping, Porto

Até 4 de Janeiro

30 agosto, 2007

 fotografiafalada

Telhado, Serra do Barroso, Fevereiro de 1983
(© Georges Dussaud)

Havia uma casa com uma porta em ferro entreaberta. E como os fotógrafos são muito curiosos, espreitámos. Havia esta mulher, a quem pedimos para entrar. Ele preparava-se para peneirar a farinha de milho para fazer pão. Ela continuou o seu trabalho, com a cara coberta de farinha, e a sua filha veio contra ele. É uma cena que me faz lembrar a pintura holandesa, com a luz rasante, que desenha os utensílios, e a mulher curvada. É um quadro que me toca. A relação humana e a beleza da luz contêm algo que é pictural.

(Georges Dussaud)

Depoimento recolhido por Sérgio C. Andrade, Público, 23.07.2007

Retrospectiva de Georges Dussaud
Centro Português de Fotografia

Campo Mártires da Pátria, Porto
De ter. a sex., das 10h00 às 12h30 e das 15h00 às 18h00
.
Sáb., dom. e feriados das 15h00 às 19h00
Entrada livre
Até 16 de Setembro

09 agosto, 2007

 fotografiafalada

Alturas de Barroso, Serra do Barroso, Agosto de 1981
(© Georges Dussaud)

O fotógrafo movimenta-se, observa, pára, retoma o passo. Às vezes surgem-lhe quadros assim: esta menina parecia saída do imaginário do Lewis Carrol. E há o cão logo por trás dela, a bocejar. Foi tudo muito instintivo. Tive a felicidade de conseguir esta composição captada neste instante. Cinco segundos antes, o cão não estaria nesta posição, a abrir a boca. Mesmo a textura do muro ajuda à composição.

(Georges Dussaud)
Depoimento recolhido por Sérgio C. Andrade, Público, 23.07.2007


Retrospectiva de Georges Dussaud
Centro Português de Fotografia

Campo Mártires da Pátria, Porto
De ter. a sex., das 15h00 às 18h00. Sáb., dom. e feriados das 15h00 às 19h00
Entrada livre
Até 16 de Setembro

02 agosto, 2007

 fotografiafalada

Alturas de Barroso, Serra do Barroso, Agosto de 1981
(© Georges Dussaud)

É o almoço na debulhada. Estava a fotografar desde a manhã, há um momento em que vi pessoas a colocar uma toalha branca e… 12 pratos. Só descobri isso depois – e achei formidável –, que simbolizava a Última Ceia. Sobre a toalha havia pão e vinho. Tive a sorte de subir uma escada e tirar esta fotografi a picada sobre a cena. É verdadeiramente uma ceia de Cristo.

(Georges Dussaud)
Depoimento recolhido por Sérgio C. Andrade, Público, 23.07.2007

Retrospectiva de Georges Dussaud
Centro Português de Fotografia
Campo Mártires da Pátria, Porto
De ter. a sex., das 15h00 às 18h00. Sáb., dom. e feriados das 15h00 às 19h00
Entrada livre
Até 16 de Setembro

30 julho, 2007

 fotografiafalada

Alturas do Barroso, Serra do Barroso, Dezembro de 1983
(© Georges Dussaud)

Fiz esta fotografia numa reportagem sobre a matança do porco, perto do Natal. É uma criança que participava no trabalho, um pouco como espectador, no entanto, ele tem também a sua faca na mão. Tem um rosto muito expressivo. Para a sua idade, ele demonstra um sentido de responsabilidade. Há nele qualquer coisa já de adulto.

(Georges Dussaud)
Depoimento recolhido por Sérgio C. Andrade, Público, 23.07.2007

Retrospectiva de Georges Dussaud
Centro Português de Fotografia
Campo Mártires da Pátria, Porto
De ter. a sex., das 15h00 às 18h00. Sáb., dom. e feriados das 15h00 às 19h00
Entrada livre
Até 16 de Setembro

 
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