17 junho, 2012

PHE12 # 3

Yuki Aoyama, Undercover, 2008-201 (da exposição Asia Serendipity)
© Yuki Aoyama



>Desde que começou o projecto Trasatlántica (que procura lançar novos valores na fotografia da América Latina) esta é a melhor selecção que vi no Instituto Cervantes. A mostra, que tem o sugestivo título Esquizofrenia Tropical, foi comissariada pelo brasileiro Iatã Cannabrava e reúne 14 trabalhos que se expressam através da fotografia documental. Os desequilíbrios urbanos provocados pelo crescimento desenfreado das grandes metrópoles são a uma das motivações principais dos participantes seleccionados. Achei particularmente interessantes os trabalhos de Tatewaki Nio (Brasil), Tuca Vieira (Brasil), Pedro David (Brasil e José Luis Cuevas (México).

>No Círculo de Bellas Artes está o coração do PHE12. As três exposições que abriga (Aquí Estamos; Manuel Vilariño - Mar de AfueraDaniele Tamagni - Caballeros de Bacongo) são do melhor que há na programação deste ano. Em Aquí Estamos descobri o trabalho notável da chilena Paz Errázuriz e senti que talvez seja a exposição que melhor defende o eixo temático da edição deste ano, Desde Aquí - Contexto e Internacionalización. Para meados de Julho abre ao público La maleta mexicana. Robert Capa, David Seymour Chim y Gerda Taro, que talvez se venha a transformar no maior best-seller do PHE12.

>Este ano a monarquia espanhola preferiu resguardar-se das objectivas para a inauguração oficial do PHE12 (terá sido a caçada do rei?) e cedeu o lugar à alcaldesa de Madrid, Ana Botella, do clã Aznar.

>As duas exposições do Real Jardin Botánico (Espacio Compartido e air_port_photo) só se puderam vislumbrar por causa do magote de gente que acorreu aos acepipes e à cerveja gelada.

>Como já se fazia tarde, em vez de esperar pelas tapazinhas fui direito ao El Brillante para o bocadilho de calamares mais especial da cidade. E agora não são só os empregados que berram a cada pedido à cozinha - é a televisão no máximo para acompanhar tudo o que se passa à volta da roja no euro 2012.

>Antes de regressar à base, ainda passei pelo Fernán Gómez para ver Asia Serendipity com outra calma. A exposição é comissiariada por Fumio Nanjo, director do Mori Art Museum de Tokio. No geral, não surpreende nem emociona. Fraquinha.


Alberto García-Alix, Anna`s Arm, 1/3, 1992(da exposição air_por_photo)
© Alberto García-Alix

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