Kazuo Ohno (Naoya Ikegami, Tóquio, 1977), The Crying Light, Antony And The Johnsons
(© Naoya Ikegami)
(© Naoya Ikegami)
O namoro entre a fotografia e a música é antigo. Começou a sério com as capas dos discos de jazz e foi ficando cada vez mais cúmplice com os concertos ao vivo ou com as fotografias promocionais dos músicos.
Nos últimos tempos vieram parar-me às mãos três discos com sonoridades muito diferentes onde a imagem fotográfica se revela com poder através de formatos criativos também muito diversificados.
Em The Crying Light, de Antony And The Johnsons, não é só o retrato de capa do bailarino japonês Kazuo Ohno, de 102 anos, que nos comove - no interior, as imagens de Don Felix Cervantes são igualmente singulares e sedutoras.
Em O Maquinista, projecto a solo do vocalista dos Hipnótica, João Branco Kyron, a fotografia aparece como suporte requintado e parceiro de ambientes. Cada disco é acompanhado com uma fotografia de uma série de quatro imagens originais e numeradas da autoria de Lois Gray (a minha mostra o nevoeiro a abraçar o casario velho e desordenado - obrigado L.)
Em Niña de Fuego, é Buika que pega na máquina para nos mostrar dezenas de auto-retratos onde a pele e o corpo são protagonistas.
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