As rajadas sónicas da guitarra de Edge e a voz frenética de Bono parecem ter pouca relação com a placidez minimalista da fotografia de Hiroshi Sugimoto escolhida para a capa do novo disco dos U2, No Line On The Horizon. E no entanto há uma linha no horizonte. Vem sublinhada, assinalada, limitada e aprisionada. E no entanto pode estar só na nossa imaginação. É talvez disso que nos queiram falar: da provocação pela contradição.
20 janeiro, 2009
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2 comentários:
Essa série de imagens de Hiroshi Sugimoto encaixa nitidamente numa certa cultura gráfica das capas de discos de uma qualquer editora de música electrónica/ambiente. É habitual esta associação entre fotógrafos e algumas editoras deste tio de música. Veja-se o exemplo da Touch, intimamente ligada ao trabalho de Jon Wozencroft e vice-versa.
Aliás, confirma-se que a mesma fotografia já foi usada em 2006, por ocasião de uma retrospectiva do trabalho de Sugimoto, no Hirshhorn Museum, como inspiração e capa de um trabalho dos músicos Richard Chartier e Taylor Deupree. A música foi composta em colaboração com o próprio Sugimoto:
http://12k.com/line/03_releases/03_a_27.html
Não me parece estranho estar agora a ser usada pelos U2. No passado, aquando do lançamento de álbuns com produção de Brian Eno, os U2 deram mostras de grande abertura a outras sonoridades. O que parece estranho é o próprio Sugimoto aceder a uma segunda publicação da mesma (?) imagem num trabalho discográfico de outra editora e o arranjo gráfico em cima da imagem.
Não percebem nada, é uma capa iguale, é por isso tem um iguale em cima!
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