29 dezembro, 2008

Requiem Polaroid

Andy Warhol
(© Ron Galella)

Agora que os filmes Polaroid dão os últimos suspiros sucedem-se os requiems e os artigos mais ou menos nostálgicos, como o que Michael Kimmelman publicou há dias no New York Times.
Kimmelman diz que a fotografia instantânea inventada por Edwin Land não era perfeita, mas era mágica. Concordo. Quem disse que a perfeição é a virtude da imagem?

1 comentário:

Anónimo disse...

É uma pena que tal tenha acontecido, justamente numa altura em que muitas pessoas começavam a descobrir a fotografia instantânea ou em filme, ainda que tenham começado a fotografar com o formato registo digital.
O preço destas máquinas e também das de médio formato está muito mais acessível e é possível ter acesso a equipamento outrora profissional ou simplesmente diferente a preços bem mais simpáticos.
Digamos que este desaparecimento súbito foi impedir uma "nova vaga" de utilizadores, que se estava a começar a desenvolver e que estava justamente a aproveitar a disponibilidade do filme em associação ao baixo custo (ou custo acessível) a que se podiam encontrar as máquinas.
A Web, para além de uma "ameaça" foi também uma forma de criação de comunidades que se desenvolveram em volta da fotografia instantânea.
Destaco por exemplo o site www.polanoid.net, ou o site associado www.polanoir.net

Fico também com pena, pois estou a racionalizar o meu stock, embora tenha 2 SX-70 e uma Polaroid 600 que não vou poder usar em breve.
Para a Polaroid 210 ainda é possível optar pelos cartuchos da Fuji, que parecem que vão continuar a existir - mas as cores não têm nada a haver...
O "instant" dará lugar a uma série de presets nalgum programa de edição de imagem, para que se assemelhem ao filme Polaroid e depois mandar fazer lambda prints, para fazer de conta...

Seria interessante também referir, que não foi apenas o digital que matou a Polaroid.
Com o digital, as vendas claramente desceram e em especial no mercado profissional, mas não se esperou pela tal nova vaga de utilizadores que voltaram a encontrar prazer num tipo de fotografia mais lo-fi.

A empresa que comprou a marca está actualmente a abrir falência nos EUA, e os esquemas fraudulentos do seu presidente (que até se encontra preso) vão para além da questão "digital kills the instant film star".
Já agora no site da Bloomberg.

 
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