Imagem da exposição de 2005, Diane Arbus Revelations, organizada pelo Met, de Nova Iorque
(© The Metropolitan Museum of Art)
(© The Metropolitan Museum of Art)
É uma doação com um valor que nem os peritos conseguem avaliar. No final do ano passado, as filhas de Diane Arbus, Amy e Doon, depositaram no Metropolitan Museum of Art (Met) de Nova Iorque todo o arquivo pessoal da fotógrafa. É um espólio essencial para se perceber melhor o que foi a vida e como se construiu obra de uma das mais marcantes artistas da segunda metade do século XX. Foi a partir destes documentos que, há dois anos, o Met apresentou uma grande retrospectiva do trabalho de Arbus que juntou as imagens que lhe deram fama com objectos e documentos do seu dia-a-dia. Agora, parte do que foi exposto por empréstimo transformou-se em legado público, pronto para ser conservado, classificado, organizado e disponibilizado a quem quiser ficar mais próximo de Diane Arbus. São centenas de fotografias dos primeiros passos na fotografia, notas pessoais, equipamento fotográfico, livros, diários, correspondência, fotografias de estúdio e da família, negativos e provas de contacto de cerca de 7500 rolos de película.
A mesmo tempo que recebe esta doação, o Met resolveu comprar à Fraenkel Gallery, de São Francisco, 20 importantes fotografias de Diane Arbus, que se suicidou em Julho de 1971, contava 48 anos. A instituição não quis revelar o preço da compra, mas os especialistas apontam um valor que pode rondar os 5 milhões de dólares. Jeff Rosenheim, curador do departamento de fotografia do Met, prevê um grande sucesso do futuro Diane Arbus Archive. “Estas fotografias [de Diane Arbus] fornecem mais perguntas do que respostas”, disse ao International Herald Tribune. “Quando olhamos para elas, quase nos sentimos a interagir simultaneamente com o sujeito fotografado e com o fotógrafo. Ficamos numa posição em que existe uma enorme partilha de intimidade”.
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