08 janeiro, 2007

*Três perguntas a...


Auto-retrato, 2002

Augusto Brázio. Fotógrafo alentejano a trabalhar em Lisboa, membro da agência [kameraphoto]. Ligado ao extinto suplemento DNa, do Diário de Notícias, desde a sua fundação, construiu aí uma forma muito particular de retrato, de grande capacidade narrativa. Continua a assinar no DN imagens da fisionomia humana, agora com um pendor mais sofisticado. Para o álbum Olha pra mim (Oficina do Livro), seleccionou dezenas de retratos que traçam um percurso marcado pela eficácia na hora de dar a ver o outro. Eduardo Prado Coelho assina os ensaios da obra.


¿Por que é que fotografas?
Tenho enorme curiosidade pelo que me rodeia. A imagem fotográfica é consequência.

¿O que é um bom retrato? O que é que procuras no retratado quando lhe apontas a objectiva?
Pode-se conhecer o outro com o que dele se mostra? A labuta não tem fim. Quanto ao bom retrato...

¿O retrato ocupou uma parte significativa do teu trabalho nos últimos anos. Continua a surpreender-te a figura humana?
Só faz sentido andar neste ofício se tiver toda a disponiblidade para a surpresa, positiva ou negativa, pequena ou grande... No final, é sempre olhar o outro.


António Ramos Rosa


Graça Moraes

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