Paulo Nozolino (Paulo Pimenta/PÚBLICO)
Paulo Nozolino. Fotógrafo lisboeta a viver no Porto. Mostra actualmente na Galeria Quadrado Azul, no Porto, 15 imagens sobre as difíceis condições em que vivem dezenas de famílias ciganas na Cité de Transit d`Erbajolu, em Bastia, na Córsega. A exposição chama-se Scalati (“atolados”).
¿Por que é que ainda fotografas?
Porque ainda tenho interesse pelo mundo em que vivo.
¿O que é que aprendeste com este trabalho em Erbajolu?
É uma grande lição ver pessoas que estão a viver em condições sub-humanas a manterem uma dignidade e uma postura que muitas vezes não se vêem nas pessoas que vivem bem.
¿Que trabalhos te ocupam neste momento?
Trabalho desde há muito sobre a Europa, desde 77. Continua a interessar-me a identidade europeia. Vou continuar a ir para os países de Leste, para os países que vão entrar na União Europeia, para tentar apanhar o que é o espírito europeu, que eu sempre senti. Acho que há uma consciência europeia que esteve latente e cada vez mais surge como uma realidade. A Europa é uma Fénix a renascer das cinzas.
2 comentários:
Vi ontem a exposição. Pena é que a iluminação das obras de Nozolino seja extremamente má, provocando todo o tipo de reflexos. O autor, que eu admiro sobremaneira, merecia (merece) muito melhor.
Cumprimentos.
já a fui ver duas vezes (a última para tirar pequenos apontamentos para um pequeno texto sobre as fotos) e sim de facto é pena que a iluminação não tenha sido conseguida. ainda assim, isso é uma coisa menor, há sempre um ângulo onde se consegue ver cada a sombra densa de cada fotografia.
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