© Augusto Alves da Silva |
A única galeria de arte exclusivamente dedicada à fotografia em Lisboa fechou. A inexistência de um mercado de fotografia em Portugal capaz de sustentar a actividade continuada deste tipo de negócio ditou o fim da Pente 10, criada em Abril de 2008 por Catarina Ferrer e Pedro Lopes Vieira.
Concebida para receber pelo menos seis exposições por ano, a Pente 10 representou fotógrafos como José Manuel Rodrigues (cuja exposição Elementos inaugurou aquele espaço), Rita Barros, Inês Gonçalves e Augusto Alves da Silva e inaugurou exposições de nomes como Carlos Afonso Dias, Flor Garduño, Filipe Casaca, Manel Armengol ou António Júlio Duarte.
Apesar de um início auspicioso que resultaria numa presença na Arte Lisboa, em 2008, e em duas presenças consecutivas na Paris Photo (a mais reputada feira da especialidade), em 2009 e 2010, a galeria acabou por sucumbir à falta de novos compradores ou novos coleccionadores, um alvo que a galeria pretendia atingir. “Não existe mercado de fotografia em Portugal. Há alguns coleccionadores, mas estão no terreno há muito tempo e compraram barato, o que faz com que seja mais difícil vender-lhes obras de artistas que já têm a preços de hoje”.
Para a galerista “há muitos jovens com interesse, mas com pouco poder de compra”. “Tivemos também algum azar com o momento em que começamos, que coincidiu com o início da crise. Havia muitas pessoas a ver e poucas a comprar.” Outro dos problemas apontados por Catarina Ferrer está relacionado com a falta de validação crítica dos trabalhos e das exposições que foi mostrando ao longo dos últimos cinco anos. “Não existe crítica” em Portugal, afirma.
Apesar deste desfecho, Ferrer disse que não faria nada de muito diferente daquilo que se concretizou na Pente 10. E já está a pensar em abrir uma nova galeria noutro local da cidade, redimensionando apenas o número de exposições a inaugurar por ano, que será reduzido para quatro. A ideia é continuar a mostrar sobretudo o trabalho de fotógrafos portugueses, quer vivam no país ou não.
1 comentário:
A K Galeria abriu as portas ao público no dia 29 de Março de 2005. Com um sólido programa de exposições temporárias, a K Galeria alargou a oferta cultural da cidade de Lisboa no campo da fotografia, dando a conhecer novos olhares.
A programação da K Galeria oferece, por vezes, eventos dedicados à troca de ideias, através de debates, colóquios e workshops - com convidados nacionais e estrangeiros.
No espaço da galeria, no Bairro Alto, é possível adquirir publicações alternativas dedicadas à Fotografia (álbuns, revistas de outras agências, revistas especializadas), assim como impressões (Fine Art) dos fotógrafos expostos e de alguns dos membros da [kameraphoto].
http://www.kameraphoto.com/kgallery/about.php?lang=pt
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