10 janeiro, 2012

João

Uma das três fotografias captadas por João Silva depois de ter pisado uma mina
© João Silva



No ano passado, o mais importante festival de fotojornalismo do mundo, o Visa pour L`Image de Perpignan, decidiu mostrar o trabalho de João Silva no Afeganistão, depois do acidente que em 2010 lhe amputou as duas pernas. A associação cultural Estação Imagem, de Mora, empenhou-se em trazer a essa exposição para Portugal em parceria com a Direcção-geral de Arquivos/Centro Português de Fotografia e o apoio do festival e do New York Times, jornal para o qual João Silva trabalha. João Silva - Afeganistão abriu ao público este sábado no CPF, Porto, e pode ser visitada até 24 de Março. Paulo Moura falou com João Silva a propósito da exposição, conversa na qual vieram à baila os dilemas com que os fotojornalistas se confrontam na hora decidir. No ípsilon da última semana aqui



Nunca pensei que o que fazemos é uma coisa má. Somos fotojornalistas. Não somos nenhuma ONG. Há situações em que podemos ajudar as pessoas, e isso acontece muitas vezes. Levamos feridos para o hospital, etc. Mas não estamos lá para ajudar. O nosso papel é outro. O fotógrafo ajuda com as imagens. A nossa responsabilidade são as escolhas que fazemos. Temos de decidir como usamos a máquina, para informar o mundo. Porque aquilo para onde apontamos é o que o leitor vai perceber da situação.

João Silva, entrevista a Paulo Moura, ípsilon, Público, 06.01.2012

1 comentário:

João disse...

Por acaso hoje vi uma reportagem sobre João Silva na RTP, é preciso mt força de vontade para ainda querer voltar a ser foto jornalista.

 
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