
“Going through my pictures to put this book together was like being on an archaeological dig.”
Annie Leibovitz, A Photographer`s Life 1990-2005, 2006
Logo depois da morte de Susan Sontag, em Dezembro de 2004, Annie Leibovitz começou a organizar uma série de imagens da sua companheira feitas por outros fotógrafos com o objectivo de imprimir um pequeno portfolio para entregar durante o funeral. Primeiro eram para ser apenas imagens de outros, mas acabaram por entrar também imagens que Annie captou de Susan nos 15 anos que as duas viveram juntas. Esse exercício, que a fotógrafa americana chamou de escavação arqueológica, foi mais fundo do que previra e acabou por conduzi-la a um filão a que ela própria nunca tinha dado muita atenção: o seu arquivo íntimo. Nele, para além de muitas fotografias de Susan - uma das pensadoras da imagem, da política e da literatura mais importantes do último quartel do século XX - deparou-se com fotografias de toda a família em momentos de alegria e euforia, de tristeza e consternação. Registou o nascimento e deu conta do crescimento. Estava lá na morte a testemunhar o definhamento. A essas imagens de uma íntima proximidade acrescentou outras que traçaram o seu percurso como fotógrafa profissional, tanto em produções sofisticadas de retrato (Rolling Stone, Vanity Fair) como em reportagens mais cruas, como a que a levou a Sarajevo, em 2003. O resultado desse remexer no passado, que mistura o público e o privado, está em A Photographer`s Life 1990-2005, publicado recentemente pela Random House. Paralelamente ao lançamento do livro, o Brooklyn Museum organizou uma exposição onde podem ser vistas mais de 200 fotografias impressas na obra.

Brooklyn Museum
200 Eastern Parkway, Brooklyn, Nova Iorque
E-mail: information@brooklynmuseum.org
Até 21 de Janeiro de de 2007

A Photographer`s Life 1990-2005,
Annie Leibovitz
Random House, 2006.
Capa dura, 472 páginas, 58 euros.
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