02 agosto, 2011

BES Revelação 2011


Ana de Almeida, da série Al Wahda
© Ana de Almeida



A edição 2011 do prémio BES Revelação distinguiu os projectos de Ana de Almeida (1987, Praga), Catarina de Oliveira (1984, Lisboa) e o colectivo de artistas constituído por Gonçalo Gonçalves (1988, Lisboa), Luís Giestas (1988, Vila do Conde) e Almeida e Silva (1981, Lisboa).

Do júri de selecção fizeram parte Ana Anacleto (artista e curadora independente), Marianne Lanavère (directora do Centro Cultural La Galerie, Paris) e Manuel Segade (curador independente). Os trabalhos serão expostos no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, a partir de Novembro, em data a anunciar. A mostra será comissariada por Ana Anacleto. Cada projecto irá receber uma bolsa de produção no valor de 7.500 euros, que servirá de apoio à realização dos trabalhos a apresentar em Serralves.

Ana de Almeida, nascida em 1987, em Praga, apresentou um projecto intitulado Al Wahda, uma instalação formada por diapositivos, vídeos e um artigo de imprensa, todos relativos a naufrágios, encalhes e afundamentos de navios. Um dos casos representado é o de um navio que afundou perto do Estoril em 1989 depois de ter sido arrastado por uma tempestade. A artista procura questionar as práticas documentais na arte contemporânea, e a fronteira entre ficção e realidade, propondo uma reflexão sobre uma possível história pessoal e nacional e as possibilidades da sua representação, explica a organização do prémio em comunicado.

Catarina de Oliveira, nascida 1984, em Lisboa, apresentou um trabalho, ainda sem título definido, “que consiste num vídeo retroprojectado num acrílico, em que a artista se propõe investigar a criação, nos dias de hoje, de mitologias e sistemas de crença que não sirvam uma agenda de políticas nacionalistas e de territorialização”.

O terceiro projecto distinguido, o colectivo de artistas constituído por Gonçalo Gonçalves (1988, Lisboa), Luís Giestas (1988, Vila do Conde) e Almeida e Silva (1981, Lisboa), apresenta um projecto que consistirá no envio, por parte de um dos membros do grupo, de uma fotografia ou algo “photography media related” para os outros dois. “Após a sua recepção, cada membro do grupo criará um novo trabalho, em resposta aos recebidos e envia-os para os outros dois membros, e assim sucessivamente”. O processo começará já a ser posto em prática até um mês antes da inauguração da exposição, período durante o qual darão forma ao trabalho final que será exposto em Serralves.

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