“Jornalistas em pista”, correr no Dakar a ver passar os aviões
Luís Vasconcelos, 1997
Muito antes dos “jornalistas incorporados (embedded)” da invasão do Iraque de 2003, já os jornalistas andavam “em pista”. Pelo menos no Rali Dakar, onde os repórteres podiam correr lado a lado com os melhores do mundo em todo-o-terreno, às suas custas, à sua inteira responsabilidade. Dentro do acontecimento, portanto. Luís Vasconcelos embarcou em várias dessas aventuras que guardavam para os menos equipados os piores momentos. “Éramos os mais desgraçados. Íamos dormir depois de toda a gente e acordávamos antes de toda a gente”. Acordar muito cedo. Até pode ter sido bom. Foi com a luz ténue da alvorada que ficou registada esta fotografia “meio louca”, “um pouco surreal”, com malianos a passar como quem vai comprar pão fresco e aviões de hélice pilotados por tripulações de leste habituadas a aterrar em qualquer caminho de cabras. Os Dakar são feitos de motas, carros e camiões, mas há quem diga, como diz Luís Vasconcelos, que um dos atractivos da prova são os aviões.
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