Luís Ramos, Lisboa
© Luís Ramos/Público
“Geração rasca”, piadas de caserna, o traseiro e outras coisas ao léu
Luís Ramos, 1994
Haverá muito poucas imagens tão coladas a uma expressão como esta (e outras) que Luís Ramos captou nas manifestações de estudantes do ensino superior e secundário contra as provas globais, propinas e tudo mais que naquele ano fosse decidido por Manuela Ferreira Leite. Não só porque faz eco visual perfeito da provocação lançada por Vicente Jorge Silva (“Estamos a assistir ao nascimento de uma geração rasca?”) como, em parte, foi a origem do epíteto com que um dos fundadores deste jornal confrontou a geração pós-25 de Abril. O primeiro director do Público já lamentou a fama da sua prosa que ficou na história “por razões mais folclóricas do que substanciais”. O certo é que foi o folclore (e mais uns quantos adjectivos pouco abonatórios) estampado nas imagens de Luís Ramos que soltou a cólera do director. A história destas imagens só começou verdadeiramente depois de Vicente Jorge Silva as ter visto, confessa o antigo editor de fotografia do Público.
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