© Filipa César
O júri de premiação justificou a sua escolha pela "criação de um objecto ímpar. Pela maneira inédita de tratar múltiplos problemas - a história de Portugal, a censura e a moral salazarista, o degredo, a homossexualidade feminina, o trabalho e a matéria - cruzando narrativas com geografia e construindo imagens em que o a-humano, o elementar, o cósmico, contaminam com fora inatingível, a acção do homem".
A artista foi seleccionada para a fase final do galardão pelos projectos Le Passeur, na Fundação Ellipse; Rapport/ Raccord, na Galeria Distrito Cuatro, em Madrid, e The Four Chambered Heart, na Galeria Cristina Guerra, em Lisboa. Quando foi nomeada, o júri apontou "as qualidades fílmicas de documentário" do projecto Le Passeur e destacou nele "o olhar fotográfico consciente da tradição retratística do fotógrafo", considerando que esta relação está também bem explícita nos outros projectos da artista.
A exposição do artista vencedor daquele que já se transformou no principal prémio de arte contemporânea em Portugal (com um valor pecuniário de 25 mil euros) pode ser vista até ao dia 4 de Abril no Museu Colecção Berardo, em Lisboa. Os artistas finalistas foram seleccionados por um júri composto pelos críticos de arte e comissários Delfim Sardo, Miguel von Hafe Pérez e Nuno Crespo com base em exposições realizadas no ano passado.
O júri de premiação foi constituído por José Gil, professor universitário, filósofo, ensaísta e ficcionista; Alberto Anaut, director da La Fábrica e presidente do PHotoEspaña e Marcel Feil, curador do Foam-Fotografiemuseum Amesterdam.
1 comentário:
"principal prémio de arte contemporânea em Portugal", talvez esse devesse ser a designação do prémio.
BesPhoto é um pouco enganador.
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