06 janeiro, 2010

Lhasa


Desde há três dias que o meu leitor de CD não pára de tocar os três discos que Lhasa de Sela (1972-2010) nos deixou.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ontem enviei um email a alguns meus amigos que dizia:

Fica a voz, a poesia e as imagens que acabam por ser como asas que se desprendem da morte! Um duplo, outra vida. Um deles respondeu com outra pergunta: «mas será que as asas alguma vez foram vida? ».Seja como for, algo da morte se mistura com a vida, e esta "morte", deu nem que seja momentaneamente à musica e às palavras, uma fragrância mais intensa e uma certa profundidade nostálgica.

Gostava/gosto desta versatilidade nela. Deste modo de dizer em várias línguas...

Glória

Anónimo disse...

Como é fácil amar aqueles que se despedem! É que a chama que arde pelos que se afastam é mais pura, alimentada pelo fugidio lenço que nos acena do navio ou da janela do comboio. A distância penetra como uma tinta naquele que desaparece e repassa-o de um fogo suave.

WALTER BENJAMIN, in Imagens de Pensamento

Anónimo disse...

Quando alguém mais novo do que nós morre antes de tempo, sente-se bem um arrepio,mesmo que não se conheça essa pessoa. Mas neste caso,há um pouco de "conhecimento": as canções dela, a música, as palavras...

 
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