14 outubro, 2009

da história

Wenceslau Cifka (1811-1883), daguerreótipo, Château de Sintra, Portugal, 1848
Colecção Nacional de Fotografia © Centro Português de Fotografia


Foi recentemente distribuído com o Diário de Notícias o volume relativo à Fotografia em Portugal da autoria de Maria do Carmo Serén. A obra, que faz parte da colecção Arte Portuguesa coordenada por Dalila Rodrigues, viaja pela história da imagem fotográfica em Portugal desde os primeiros sinais de que a daguerreotipia estava a caminho até aos autores mais contemporâneos como André Cepeda, André Príncipe, Edgar Martins e Virgílio Ferreira.

Eis o índice:

>Inventariação e registo: Século XIX e inícios do século XX
>>O arquivo do mundo. Catalogação de um "museu imaginário"
>>Amadores e estrangeiros
>>A fotografia portuguesa no Oitocentos: décadas de 50 e 60
>>Fotografia da classe científica
>>Maturidade da fotografia de estúdio, adesão social e sua instrumentalização
>>>Casas fotográficas
>>A Exposição Internacional de Fotografia do Porto (1886) e a Arte Photographica
>>A fotografia de reportagem e do acontecimento

>O fotógrafo vagabundo e a consciência da "aura". A primeira metade do Século XX e a conjuntura humanista de 60 e 70
>>Clandestinos na verdade do mundo
>>Entre o modernismo das elites artísticas e o salonismo tecnicista português

>Fotógrafos e fotografias, ensaios e tendências
>>Nos efeitos de um tempo político e ideológico: Nozolino, Molder e Helena Almeida
>>Na nova fotografia
>>Temas de crise e de crítica
>>Inquietação e paisagem
>>Fotografia, arquitectura e urbanismo
>>Do conceptualismo às estratégias pós-modernistas
>>Um novo olhar crítico na fotografia portuguesa
>>A instalação como discurso
>>E um discurso do instantâneo produzido
>>Humano, demasiado humano

Virgílio Ferreira, Xangai, China, 2006
© Virgílio Ferreira

2 comentários:

Carlos Gomes disse...

«(...)A fotografia diz-me a morte no futuro. O que me fere é a descoberta desta equivalência. Diante da foto da minha mãe criança, digo para mim mesmo: ela vai morrer....» (Roland Barthes, 'A Câmara Clara').

Posso admitir que Maria do Carmo Séren seja uma investigadora intelectualmente honesta, palestrante — como poucos em Portugal — de Fotografia. Mas esta é apenas uma intenção e não há em Portugal (contrariamente a Espanha, França...) produção fotográfica suficiente para cumprir com tal intencionalidade. O resultado aí está: Nozolino, Cepeda, Príncipe, Martins...
Pois, sempre os mesmos (às vezes elevados à categoria de génios precoces — faltam-nos os verdadeiros génios), mas — à excepção, talvez, de Nozolino — não há nestes nada que confirme essa noção de tempo como 'punctum' a que se refere Barthes.

Veremos se isto muda um dia, quando surgirem novos fotógrafos e novos escrivas ;) Saudades do futuro.

Anónimo disse...

Amo fotografia, sempre venh aqui pra enriquecer o conhecimento.

Blog sensacional
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