10 junho, 2009

PHE09


Gerhard Richter, 4.12.06, Privatbesitz Deutschland
© Gerhard Richter


PhotoEspaña
Isto hoje anda tudo misturado
(P2
, Público, 10.06.2009)

Um festival de fotografia com 259 autores de mais de 40 nacionalidades não é só uma Torre de Babel da língua - é uma Torre de Babel da imagem, um extenso mosaico onde o mais difícil é alguém não encontrar uma exposição com que se identifique. Com a Secção Oficial novamente a cargo do português Sérgio Mah, o PhotoEspaña afirma-se a cada ano como um dos mais importantes e multifacetados encontros em torno da imagem fotográfica, para onde se consegue levar trabalhos fundamentais da história da fotografia e onde se tenta traçar os caminhos que seguem novas propostas criativas. E aquilo que até 26 de Julho está à vista nas mais de 74 exposições, num total de 64 espaços diferentes em Madrid, Lisboa e Cuenca, é só parte do trabalho a que o festival se tem dedicado. A este universo de exposições há que acrescentar programas pedagógicos, como o Campus PHE (oficinas de trabalho orientadas por fotógrafos reconhecidos), o Descubrimientos (incentivo a novos talentos) e a Resiliencia (exposição de trabalhos de novos autores oriundos de vários países da América Latina). Durante dois meses, Madrid transforma-se na cidade mais apetecível para quem gosta de fotografia. Como a Torre de Babel, que, segundo a lenda, ficou inacabada, não existe um roteiro definitivo para percorrer as exposições deste ano. Ainda assim, arriscamos quatro propostas que mostram o enorme talento da linguagem fotográfica para baralhar e voltar a dar.
(ler texto completo aqui)


David Goldblatt, Mãe, Joubert Park, Joanesburgo, 1975
© David Goldblatt

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho engraçado o facto do Festival PhotoEspaña ter só agora, com o comissariado de Sérgio Mah, um grande destaque no nosso país. Eu visito a PhotoEspaña desde os seus primórdios e posso afirmar que a programação tem vindo a decair de ano para ano. É compreensível. Como o nome diz: é um festival. Mas gostaria de realçar as exímias qualidades curatoriais tanto de Alejandro Castellote como, posterioremente, as de Horacio Fernandez. Souberam conciliar o factor um certo conceito "intelectual" da fotografia com o movimento de massas. Após o cumprimento dos 10 anos do evento, o festival expandiu-se de uma maneira pouco apelativa, pelo menos para mim. Lembro-me apenas de ter ficado impressionado com a qualidade das visitas guiadas dinamizadas por uma lusa em terras madrilenas. Ouvir (não me quero equivocar no nome mas acho que era uma senhora chamada Cláudia Camacho) a sua leitura sobre a obra do fotógrafo Zhang Huan foi algo que me marcou. A PhotoEspaña tem este papel. O de cativar o visitante. Ainda não visitei a deste ano. Visitarei para a semana.

 
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