O poder político americano dos últimos 18 anos negou a existência de imagens de repatriamentos de soldados mortos em combate no estrangeiro. A interdição começou com Bush pai numa tentativa de tornar menos presente (e real) a morte de tropas dos EUA em cenários de guerra. Com a chegada de Barack Obama à Casa Branca, a atitude da Administração americana em relação a este delicado tema mudou substancialmente. Logo nas primeiras semanas depois de ter sido eleito, os jornalistas perguntaram ao Presidente se iria rever esta interdição. Obama disse que sim, mas não se comprometeu. No entanto, na semana passada os media foram informados que podem voltar registar estas operações de repatriamento que decorrem na base aérea de Dover. A decisão não é consensual, como bem mostra Kathleen Gomes no texto A América já não esconde os seus soldados mortos que assina no P2. Aqui
“O que importa perceber é: o que é que as imagens dos jornais fazem? Provavelmente dirá que elas informam. Mas, de certo modo, não é assim. Elas sublinham ou reforçam o que já sabemos.”
Tim Hetherington, P2, Público, 12.04.2009
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