05 fevereiro, 2009

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Júlio de Matos, Marnikanika # 51 Manikarnika Ghat - Assistindo a uma cremação, 2003
Colecção Nacional de Fotografia/© Centro Português de Fotografia


Nas margens do Ganges

A arquitectura foi a primeira paixão. Concluiu o curso na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. A par da arquitectura, a arte de fixar imagens, que haveria de marcar profundamente a sua vida. O primeiro contacto com a fotografia deveu-se à influência do pai. Mais tarde, "e de uma forma quase autodidacta", aprendeu a revelar e a imprimir. "Tinha descoberto que a fotografia era uma forma extraordinária de ver o mundo", conta Júlio de Matos. A Índia, porém, despertou-lhe maior interesse. Em Váránasi, captou imagens em preto e branco que lhe provocaram um misto de emoção e choque cultural. Nas margens do rio Ganges, registou as recorrentes cerimónias fúnebres de cremação de restos mortais. Familiares e amigos acompanham um corpo sem vida e assistem à fusão da vida com o universo.
(texto: CPF)

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