24 fevereiro, 2009
classificação experimental
Há uma exposição de fotografia em Lisboa a criar furor entre a crítica especializada: Trabalho de Campo, de Jochen Lempert. A primeira mostra do artista alemão em Portugal questiona os limites do suporte fotográfico e maneira como a experimentação deste meio transforma a percepção que temos das formas e da natureza.
A crítica que Óscar Faria escreveu no Público está aqui
Este é o texto de apresentação do curador Miguel Wandschneider:
“Antes de eleger a fotografia como medium do seu trabalho artístico, Jochen Lempert (Moers, Alemanha, 1958) dedicou-se intensamente, entre 1979 e 1989, à realização de filmes experimentais no âmbito do colectivo Schmelzdahin. Paralelamente, entre 1980 e 1988, fez os seus estudos universitários em Biologia. De ambas as actividades ficariam traços indeléveis no seu trabalho fotográfico. Este distingue-se, desde logo, pela escolha do assunto: a vida animal, que o artista investiga com um olhar informado e uma curiosidade insaciável, nas suas diferentes formas e nos mais diversos contextos (do habitat natural ao museu de história natural, do jardim zoológico ao meio urbano), mas também nas suas manifestações e representações na vida quotidiana e na cultura material. A este interesse pela vida animal como assunto alia-se uma exploração das propriedades e da materialidade da imagem fotográfica. Jochen Lempert fotografa com uma câmara de 35 mm e a preto e branco, escolhe deliberadamente papéis que não se conformam aos padrões profissionais e tira partido, de forma prodigiosa, do processo de revelação. O seu trabalho define uma posição artística solitária, discretamente construída sem qualquer concessão às tendências e aos cânones dominantes na fotografia contemporânea.”
Miguel Wandschneider
Trabalho de Campo, de Jochen Lempert
Culturgest, Lisboa
Até 10 de Maio
*Miguel Wandschneider fará visistas guiadas à exposição nos dias 28 de Fevereiro e 21 de março
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1 comentário:
As críticas de Óscar Faria são tão tendenciosas que lamento chamarmos a isto críticas. São mais comentários abonatórios e nada neutros. É uma lástima, na verdade. Quanto ao Miguel Wandschneider... já era tempo de dar lugar a outro na Culturgest, não acham? Quanto a Jochen Lempert... sim, um bom fotógrafo.
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