François-Marie Banier expõe pela primeira vez em Portugal a convite do Estoril Film Festival 08. A mostra, que tem o retrato como protagonista, poderá ser vista apenas durante as datas do festival, até ao dia 22.
“Todo o retrato, quando vou de encontro ao sujeito com a máquina, responde a uma única exigência: a vida em si mesma. Implica o registo da emoção que fez o meu coração faltar um batimento, ao ter contacto com um rosto, um traço, um mistério no movimento: numa palavra, humanidade. Cada retrato é um caso de amor instantâneo, independentemente do sujeito. É um violento grito de paixão, mesmo se o botão onde fixo a imagem faz o mais pequeno sussurro do bater de asas de um insecto. O melhor disparo é quase sempre o primeiro. Ou o último. Quando já dissemos adeus, mas de repente uma iluminação repentina me faz voltar a um piscar de olhos, ou um ângulo que me tinha escapado à primeira. Cada retrato é uma fonte de esperança, de paixão, de experiências que não podem ser reveladas por palavras. Só um olhar, uma expressão, um encolher de ombros podem dizer: 'é aqui que estou neste momento'. Não pode haver retrato sem um elemento surpresa, para ambos: sujeito e fotógrafo. Não há retrato sem revelação. Não há retrato sem alegria, raiva, sem questionamento. Não há retrato sem si, o Outro, o meu modelo.”
François-Marie Banier, 21.2.2008
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1 comentário:
a exposição estava excelente :)
nao sabes onde posso encontrar as fotos expostas lá na net?
parabens pelo site! está muito bom!
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