09 julho, 2008
verão
Já tínhamos ouvido falar da semana da fotografia, da quinzena da fotografia e do mês da fotografia. A Bélgica inventou (?) agora o Verão da Fotografia, que decorrerá em várias cidades entre 27 de Junho e 14 de Setembro. Ao todo, serão apresentadas 43 exposições, em 29 instituições espalhadas por todo o país.
Entre as várias mostras, destaque para Le dessous des cartes (Mapas Abiertos), Photographie Contemporaine en Amerique Latine (Palais des Beaux-Arts, até 21 de Setembro) que promete o panorama mais completo jamais realizado na Europa sobre a fotografia contemporânea da América Central, do Sul e das Caraíbas. O comissariado está a cargo do espanhol Alejandro Castellote, responsável pelas primeiras edições do festival PHotoEspaña. As 200 fotografias apresentadas mostram muitos temas habituais na arte latino-americana, mas tentam relacionar-se com três linhas de força essenciais: rituais de identidade, cenários e histórias alternativas.
A Bélgica está a comemorar o 50º aniversário da Expo'58, a primeira exposição mundial pós-guerra que deixou para a posteridade o emblemático Atomium. Acabado de dobrar a casa dos 30, o português Gérard Castello-Lopes visitou a exposição e fotografou os edifícios e as principais instalações modernistas rodeadas de um público muito heterogéneo. O resultado desse trabalho ainda como "amador" pode ser visto agora no Musées royaux d'Art et d'Histoire (até 21 de Setembro).
Para ver toda a programação do Été de la Photographie clique aqui.
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6 comentários:
Para ver Cravo Neto e Miguel Rio Branco, vale bem a viagem.
Por cá temos as exposições do PHotoEspaña no reino do Allgarve.
Ao teclar España e Allgarve pareceu-me que este país está a perder identidade. Será?
Já exportamos comissários. Não teremos ainda inteligência para organizar um evento deste tipo?
E então?... Por onde começar? O que sugerem para que o evento se dê?
Já tivemos o LisboaPhoto... mas pelos vistos não resultou
Percebo o comentario do Paulo, mas diz-nos a Historia e a experiencia do dia-a-dia, que o sucesso do nosso Pais e de todos nos que o compomos, se faz fora.
A exportacao e consequente importacao e' uma qualidade nossa. Porque nao exportar comissarios, artistas, territorio... e depois voltamos a importa'-los com uma "naturalidade" que nos e' propria.
Outra razao para que eventos deste tipo nao possam ser realizados em Portugal (e se calhar ate' sao, mas numa escala proporcional ao nosso tamanho - por exemplo, encontros de imagem de Braga, tambem aqui anunciados... e outros que vao havendo) e' uma questao de escala (que tem implicacoes economicas) e de mentalidade.
Se houvesse maior escala, concerteza que qualquer marca de cerveja, operador movel... ou ate' um banco (embora alguns premios limitem a visibilidade de outros bancos que pudessem estar interessados em promover a 'area).
Os festivais de musica existem hoje em dia em maior quantidade e com problemas logisticos maiores que uma PhotoEspana... no entanto e' dificil (ou devera' ser) de conseguir juntar varias empresas ou entidades interessadas em criar um, pelas razoes que ja' disse.
Pode custar a ouvir isto, mas ninguem cria eventos deste genero para meia duzia de pessoas e nao existe visao suficiente, para perceber que fazer um evento deste genero e com forma sustentada pode trazer varias meias duzias de pessoas de outros paises a visitar o nosso Pais e assim ter a escala de um festival de musica.
Mas isso nao acontece de um dia para o outro. Tem de ser construir e e' muito mais facil brilhar com alguma coisa que da' menos trabalho, do que ter de partir do zero absoluto.
O que se pode fazer?... Ser-se inteligente... Ter visao... Saber gerir as expectativas e apresentar programas que justifiquem ter um evento deste genero e a apresentar resultados concretos num medio ou longo-prazo.
Porque convenhamos... haja dinheiro e tambem podemos dar premios aos fotografos do momento. A imprensa especializada encarrega-se de fazer os nomes circularem e a tarefa das homenagens, destaques e nomeacoes esta' facilitada... just feeling the gaps...
Porque não fazer um evento de outro género, se no final de contas, talvez sejamos mesmo de outro género? De qualquer modo, esse "zero absoluto" M0rph3u, pode ser muito interessante. Difícil é encontrar pessoas que o assumam e o enfrentem com todas as suas dificuldades iniciais e sem quebrar. Inteligência para ver e paixão para agir! Toda a inteligência precisa carburante para não ficar em inteligência meramente decorativa a impressionar os menos expeditos.
Julgo que se eventos deste tipo nao acontecem, nao e' exactamente por nao haver paixao, vontade e pessoas capazes de assumir as dificuldades.
A questao passa mais pelos apoios que essas pessoas possam juntar 'a sua volta e que na realidade sao o "combustivel" para eventos deste genero.
Nao se pode passar a vida a dar constantemente a "cara" por uma iniciativa, que apesar de ser do interesse geral, parece apenas interessar 'a pessoa que esta' 'a frente dele.
E' normal que eventos como o LisboaPhoto acabem... e' dificil querer-se atingir um certo nivel e nao ter um apoio para que se mantenha a qualidade.
Penso que o LisboaPhoto foi muito importante, mas talvez tenha sido prejudicado pelo seu pioneirismo.
Hoje em dia com a massificacao da fotografia, pela vertente digital, existe uma sensibilizacao muito maior para a practica fotografica e concerteza que isso se iria representar numa maior aderencia de publico. Concerteza que ja' nao seria a "meia duzia" (estou a exagerar).
Isso concerteza que iria "impressionar" os investidores a manter, ou ate' mesmo aumentar, o seu apoio 'a iniciativa deixando que os apoios viessem apenas de dinheiros publicos.
Mas tudo isto e' pura especulacao, claro.
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