01 julho, 2008

ainda Parr

Martin Parr em Fortaleza, Brasil
(© Luiz Marinho)

Depois de ter vencido o prémio carreira no PHotoEspaña, Martin Parr deu uma pequena entrevista ao El País onde volta a questionar a verdade em muitas das imagens que nos rodeiam.
Para ler a entrevista clique aqui.

7 comentários:

PdR disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PdR disse...

Esqueci-me do link...

m0rph3u disse:

Gostei da entrevista.
Acho que reflecte um pouco o perfil deste fotografo e das imagens que nos tem proporcionado. Existe um "mundo 'a la Parr" - uma especie de mundo de um miudo atrevido que apanha as pessoas em situacoes menos proprias.
O culto e' tao grande que existe um grupo do Flickr chamado "Martin Parr WE <3(Love) you" (por acaso ate' faco parte desse grupo...).
O estilo e' inconfundivel... ou talvez nao?... Pois sao tantos os seus admiradores que as imagens se vao multiplicando...
Agora com este dado novo, sera' o estilo inconfundivel? Talvez... ou nao.

Quanto ao que o Martin Parr refere em relacao 'as imagens de hoje em dia serem mentira. Tambem o eram no passado, julgo eu.
A Fotografia sempre perseguiu uma certa forma de "embelezamento" do mundo; ou procurou servir certos interesses.
Nao nos podemos esquecer de um caso recente, nos conflitos do Libano em que um fotografo foi despedido de uma edicao periodica americana por supostamente ter acentuado o fumo negro das explosoes causadas por misseis israelitas.
'A X-Files - "A verdade esta' la' fora", quando sabemos que dentro nao existe alguma.
:)
Quero dizer com isto, que embora o discurso seja certo, hoje em dia e' quase uma verdade de "LaPalisse".

Agora sim.

Anónimo disse...

Segundo Martin Parr e sublinhado por M0rph3u, a maior parte das fotografias que nos rodeiam são uma mentira. E as de Parr, serão menos mentirosas? O que é que o levará a ter tantos admiradores? Será que a sociedade de hoje se gostou de ver nas fotografias cruamente nua, ou será que é o verniz que está a passar de moda? Será que a forma como nos mostramos é no final de contas, mais superficial que a forma como ele nos mostra, com todo esse excesso de objectividade reforçada com flash?

Uma coisa é certa, o homem tem de facto um estilo singular e próprio. Se nos dessem um conjunto de fotografias de diversos fotógrafos e nos pedissem para adivinharmos quais delas seriam as de Martin Parr, talvez conseguíssemos adivinhar, apesar da versatilidade que nos dá a conhecer nesta entrevista.

Anónimo disse...

(.../)
Quanto a esse aspecto da "fotografia como embelezamento do mundo", isso daria assunto para um livro…

Anónimo disse...

Oh meus amigos vamos lá a ver uma coisa: a fotografia é uma coisa e a realidade é outra. Todas as fotografias mostram uma realidade alterada! Alterada pelo fotógrafo que adiciona fundos e poses e luzes e ora está bem disposto ora chateado e etc, pelas caracteristicas das lentes que adicionam aberrações, desfocam, limitam o ângulo, afastam ou aproximam, pela incapacidade do filme/sensor em captar detalhes, etc, etc.
Todos vivemos com isto! Daí a diferença entre a fotografia e a fotocópia, a fotocopiadora essa sim regista uma cópia daquilo que lá é colocado- e mesmo assim já vi trabalhos muito criativos feitos com maq. destas...-
Depois de um fotógrafo interpretar a realidade e ver o que interessa o que fica numa fotografia tem muito pouco de realidade. Mesmo no fotojornalismo! E ainda bem! Porque só assim é que a fotografia pode ser interessante em vez de ser uma fotocópia!

PdR disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PdR disse...

:) Depende...
Tambem da' para mudar os parametros da fotocopiadora e por mais escuro e mais claro e assim se distorcer a realidade, ou nao?
Os controlos podem ser mais limitados, mas existem.
Mas concordo em grande parte com o que o Guto diz.
Em todo o caso e num limite, uma fotocopiadora portatil (se existisse) podia ser quase como uma maquina de fotografia instantanea (tipo Polaroid ou Instax), mas sem lente - captando imagens sem profundidade de campo e assim seriam mais uma vez uma ferramenta que distorceria a realidade, dentro do ambito da fotografia.
Pura retorica.

 
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