12 junho, 2007

lepage

© Jean-François Lepage


© Jean-François Lepage


A última edição da revista DIF (Maio) publica uma entrevista com o fotógrafo de moda Jean- François Lepage. A conversa de Herberto Smith e Cláudia Gavinhos com o artista francês pendeu essencialmente para as nem sempre fáceis relações entre quem fotografa e quem publica fotografia.
Na primeira metade dos anos 80, Lepage foi um dos fotógrafos de moda mais requisitados por publicações de ribalta como a Vogue, Elle ou Marie Claire. Em 1987, decidiu abandonar o mundo da moda para se dedicar a cem por cento à combinação de pintura, desenho e fotografia. O retiro durou até 2001, altura em que voltou à sua primeira paixão, a fotografia de moda. Pegou na experiência que tinha acumulado nos anos 80 e nos contactos que fez junto de revistas independentes para se lançar de novo na arte de mostrar o que de melhor se faz na criação e design de roupas e adereços de moda.
Para além dos tecidos inovadores, dos padrões nunca vistos e dos cortes ousados, as fotografias de Lepage de hoje procuram sobretudo a luz, de onde quer que ela venha. Há nelas um jogo requintado e sedutor entre o que é artificial e o que é natural. Entre céus misteriosos, penumbras carregadas ou interiores depurados há sempre um lençol branco de luz que cobre a cena. Esse calor reconfortante vindo dos holofotes ora nos dá tudo a ver, ora nos encadeia. São fotografias mais plásticas e livres de artifícios de ocultação do imperfeito, da ruga, do borrão. E o trabalho de criação não termina no plástico sensibilizado. Os negativos 20x25 e 12x12 com que Lepage trabalha são cortados, ilustrados, arranhados. São agora a continuação de tela e do papel.
As fotografias de Jean-François Lepage podem ser vistas habitualmente em revistas alternativas como a Exit, Nylon, Purple, It’s Rouge, Amica, Mixte, Double e Commons & Sense.
Há mais fotografias aqui.


© Jean-François Lepage


© Jean-François Lepage

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