09 dezembro, 2006

*Três perguntas a...


Candida Höfer

Candida Höfer. Fotógrafa alemã que pratica o que se convencionou chamar de Nova Objectividade, corrente fundada por Bernd e Hilla Becher, professores de Höfer, que inclui ainda nomes como Thomas Ruff, Andreas Gursky ou Thomas Struth. No ano passado, o Centro Cultural de Belém desafiou-a para um grande projecto envolvendo espaços interiores de monumentos e edifícios, públicos e privados, portugueses. As 83 fotografias penduradas nas paredes do CCB mostram o resultado das quatro visitas que Höfer fez a Portugal entre Outubro de 2005 e Julho de 2006. A exposição chama-se Em Portugal.


¿Por que é que fotografa?
O que é que queria que eu fizesse? Que pintasse? (risos) Comecei a tirar fotografias porque era o suporte mais fácil para criar um trabalho.

¿O que é que tenta mostrar-nos nestas fotografias de grande formato?
Durante algum tempo eram mais pequenas, mas, à medida que foram crescendo em tamanho, foi também aumentando a sensação de estarmos dentro delas, dentro daquele espaço. Acontece a mesma coisa quando se publica um livro pequeno ou um livro grande. No caso de haver interiores, é nos livros de maiores dimensões onde nos sentimos mais dentro da situação.

¿Pretende continuar a captar espaços vazios?
Sim! (risos) Às vezes acontece haver pessoas nos espaços que quero fotografar, mas desde que não perturbem o meu trabalho não me importo que estejam lá.


Candida Höfer, Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra I, 2006

Sem comentários:

 
free web page hit counter