(© Instituto Cervantes)
O século XIX foi pródigo em grandes expedições político-científicas aos confins do globo. Os portugueses enviaram-nas sobretudo para África, os espanhóis para a América, do Sul e do Norte. Ao lado de instrumentos hidrográficos, físicos, meteorológicos, as máquinas fotográficas começaram também a viajar. A exposição Pacífico Inédito, 1862-1866, que actualmente pode ser vista no Centro Português de Fotografia (Porto), mostra um conjunto de imagens e objectos que estiveram na génese e constituem uma parte do resultado da chamada Expedição ao Pacífico, a derradeira expedição enviada por Espanha à América. As principais forças políticas que a promoveram queriam-na iluminista, à maneira do século XVIII. Mas os ideários românticos e nacionalistas que marcaram os Oitocentos impuseram-se. O movimento pan-hispânico pretendia garantir a manutenção da influência económica, política e cultural de Espanha não só nas antigas colónias, mas também nas regiões vizinhas sob domínio de outras forças coloniais. O itinerário que o general Pinzón levou consigo incluía passagens pelas ilhas Canárias, Cabo Verde, Brasil, Rio da Prata, Costa Patagónica, ilhas Maldivas, cabo de Fornos, Chiloé, costas chilenas e peruanas e Califórnia. Para além de quase uma centena de fotografias, Pacífico Inédito dá a ver instrumentos científicos, insectos dissecados, documentos, litografias de animais e publicações da época e actuais.
Pacífico Inédito, 1862-1866
Centro Português de Fotografia
Campo Mártires da Pátria, Porto
Tel.: 222076310
Email: email@cpf.pt
De Ter. a Sex., das 15h00 às 18h00. Sáb. Dom. e Fer., das 15h00 às 19h00
Até 29 de Dezembro
Entrada Livre
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