Evgen Bavcar
Nas Fronteiras Perdidas da última edição da revista Pública, José Eduardo Agualusa escreve sobre o deslumbramento que lhe transmitem as fotografias do escocês Albert Watson, do esloveno Evgen Bavcar e do angolano Fernando Davaidade. A cegueira parcial (Watson) ou total (Bavcar, Davaidade) de que sofrem não é obstáculo para concretizarem imagens carregadas de sentido. Muito pelo contrário:
“Ao aceitar a possibilidade de que é possível aprender a ver com um cego (ao colocar uma câmara fotográfica nas mãos de um cego) estamos a reconhecer que vemos mal, ou melhor, que há outras formas de ver. Que é como quem diz: há mais para ver. Estamos, pois, a abrir janelas para um universo que nos surge agora infinitamente mais rico e complexo do que supúnhamos antes.”
Albert Watson
1 comentário:
Genial....
Porque a fotografia é para lá do que se vê, da luz e da escuridão, das cores e do vazio....
Ver através dos olhos de quem não vê.....
Enviar um comentário