James Dean, Roy Schatt, 1954
“Há também uma margem de arbitrariedade na história das imagens que nos ensina a importância das escolhas e a humildade do acaso”
João Lopes, Entre as Imagens, Diário de Notícias
“I knew James Dean... as a friend and as student. He was a disrupter of norms, a bender of rules, a disquieter of calm. Through these photographs I hope to transmit a glimpse of his most insistent, and perhaps eternal, presence”
Roy Schatt
A fotografia é escolha. E acaso.
A fotografia revela. E esconde.
Um “dos” James Dean (1931–1955) que ficou guardado na nossa memória - a imagem de um homem contra o vento, um homem “contra” - revela e esconde. Foi fruto da escolha e do acaso. A escolha de Roy Schatt (1909-2002), o fotógrafo de celebridades que captou o gingar négligé de Dean West 68th Street fora, corria 1954. Quis o acaso (o esquecimento?) que outras imagens ficassem na penumbra durante mais de 50 anos. Até que a Lowe Galleries (Atlanta, Santa Monica) resolveu dar a conhecer outros quadrados do negativo da mítica sessão de Nova Iorque feita para um portfolio da revista Life. São duas fotografias que mostram um James Dean de olhar ainda mais longe, perdido, como quase sempre. Revelam-no de máquina fotográfica ao peito, não como simples acessório, mas como sinal de uma paixão recente. É que para se deixar fotografar o actor colocou uma exigência: Roy Schatt teria de lhe ensinar alguns segredos do seu ofício. O fotógrafo da revista americana - a quem voltarei - aceitou o desafio. Dean, um dos protagonistas da imagem em movimento da década de 1950, passou a querer fixar imagens. E fê-lo com mestria.
É esse James Dean que ficou escondido – o fotógrafo – que agora melhor se revela. Pelas imagens. De si. Por si.
2 comentários:
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