Laura Torrado, Transhumance II, 1993 © Laura Torrado, VEGAP, 2013 |
» Já desconfiava, mas agora tive a certeza de que o metro de Madrid simplesmente não passa facturas. Para ter um comprovativo do que se pagou é preciso ir à página do metro na net e pedir uma factura em PDF, garantiu-me a senhora do outro lado guichet. Nao sei muito bem como é que uma coisa destas pode funcionar (como raio sabem eles o que comprei!), mas cheira-me a economia paralela...
» A impressão geral com que se fica de um lugar também pode ser medida a partir das primeiras trocas depalavras com alguém. Se não conhece-se Madrid e julgasse a cidade pelo grunhido que um empregado de mesa me lançou depois de uma preguntita, diria que a cidade vive na pré-história.
» O modelo da exposição Taxonomía del caos aposta na surpresa e na estranheza e tem tudo para ser uma exposições mais originais e extraordinárias da secção oficial. O comissário e coleccionador Rafael Doctor sente-se como peixe na água no meio das suas imagens e do caos organizado em que as transformou. E promete viver no meio delas (e falar delas com que as vê) enquanto durar a exposição.
» No Canal Isabel II Laura Torrado brinca às escondidas com o corpo enquanto dá umas alfinetadas aosestereótipos de género. A instalação respiratória com que fecha a exposição é belo exercício criativo que nos aviva a percepção do nosso corpo.
» Antes de entrarmos no centro cultural de Alcobendas, houve tempo para conversa à mesa de um café que passava um duríssimo western spaghetti, quando seriam aí umas 18h.
» Mas na periferia de Madrid a fotografia também mexe - o município de Alcobendas quer transformar-se num lugar de referência para a fotografia em Espanha utilizando a sua colecção de fotografia (que tem 20 anos) e dando vida uma nova escola de fotografia em conjunto com a La Fabrica, que organiza o PHE.
» Madrid tem agora a feira do livro e está cheia de manifestações. Um grupo protestava contra o Bankia (banco tóxico) perto do Círculo de Belas Artes, outro instalou-se em frente a uma representação do PP a fazer uma cornetada.
»Fomos comer um bocadillo de calamares ao Casco Viejo, mas não há nada que chegue aos calcanhares do Brillante, em Atocha.
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