22 março, 2010

Público-20 anos de fotojornalismo (XII)

Alexandre Quintanilha, Porto
© Nelson garrido/Público

“O retrato pela ausência”, a luz do retroprojector e o factor improvisação
Nelson Garrido, 2001


As fotografias não têm som. Mas podem sugeri-lo. Neste retrato de Nelson Garrido, somos levados para o universo sonoro do giz que risca no quadro de ardósia. Os desenhos das equações vieram da mão de Alexandre Quintanilha. A sessão de imagens com professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto, foi curta, não terá durado mais de 20 minutos. Serviu para acompanhar uma das entrevistas de fundo da Pública, Conversas com Vista Para…, de Maria João Seixas. Para projectar a silhueta de Quintanilha no quadro, Nelson Garrido improvisou. Usou a luz de retroprojector da sala de aula. “É um retrato que marca pela ausência da figura real e do rosto. Agrada-me este jogo que não mostra tudo, o jogo da suposição.” O fotojornalista destaca a importância de registar as pessoas no seu ambiente natural. Mas como em quase tudo na fotografia, a regra no retrato é coisa que não existe.

1 comentário:

Meu olhar disse...

Fantástica esta foto.

 
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