14 março, 2008

emendar

Menção Honrosa, Reportagem (edição 2007)
(© Pedro Vilela)

No texto que assinala o número recorde de fotografias ("quase 7 mil") submetidas à edição deste ano do Prémio de Fotojornalismo Visão/BES tecem-se loas à independência do júri que vai apreciar os trabalhos do concurso. É sempre bom lembrar a nobreza de carácter e a isenção de quem foi escolhido para escolher, mas, que eu saiba, ninguém colocou essa condição em causa. As abundantes referências à impermeabilidade das "individualidades estrangeiras" convidadas soam a um emendar de mão depois da imprudência cometida num texto anterior onde se dava um "exemplo" que cabia na nova categoria do concurso deste ano.

2 comentários:

Anónimo disse...

Aqui está uma boa razão para que passe a reflectir um pouco mais antes de escrever sobre fotografia.
Entenda que fotografia também é arte. Arte que não se limita à captação de imagens para encher páginas de jornais.

Daniel Franco

PdR disse...

Sim e nao.

A questao parece-me ser mais complexa que tentar emendar o que quer que seja.
Em primeiro lugar, nao somos um povo conhecido pela nossa isencao e rigor. A questao da prestacao de favores e favorecimentos encontra-se profundamente enraizada na nossa sociedade. E aqui esta' uma controversia que nao se quer trazer 'a ribalta num premio deste nivel.

Por outro lado, ha' uma necessidade de dar um estatuto ao premio e aqui, mais uma vez, o estatuto e' dado por estrangeiros. Alguns estudiosos deste tema chamam a isto provincianismo.
Mas enfim... os fotografos sao ou devem ser maioritariamente portugueses.
Pode ser que a organizacao do premio queira mudar isso.

A maioria dos festivais ou premios que conheco sao abertos a artistas da area que promovem independentemente da sua nacionalidade havendo apenas uma categoria mais "nacional" (e um bom exemplo nacional sao os festivais de cinema).

A meu ver este premio, se deseja assim tanto obter um estatuto "internacional" deveria entao abrir as candidaturas a todos aqueles, independentemente da sua nacionalidade, que desejem participar.

Assim, parece-me que faz sentido que o juri possa ser misto, com pessoas, cujos conhecimentos se destacam na area e que possam fazer uma escolha o mais insenta possivel e tamebm mais contemporanea.

 
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