
(© Catarina Botelho)
Catarina Botelho, Pedro Neves Marques e Ivo Andrade são os vencedores da terceira edição do Prémio BES Revelação/Fundação Serralves 2007.
Na apresentação dos nomes galardoados, Ricardo Nicolau, adjunto do director do Museu de Serralves, fez questão de sublinhar que estes criadores "utilizam o suporte fotográfico, mas não são fotógrafos". O prémio oferece uma bolsa de estágio individual de 7500 euros. Os projectos vencedores serão apresentados a partir de 16 de Novembro na Casa de Serralves, no Porto. O júri que decidiu por unanimidade os três vencedores era formado por Beatriz Herráez (crítica de arte e curadora), Maria do Mar Fazenda (crítica de arte e curadora), Chris Sharp (crítico de arte e editor da revista Flash Art) e ainda Ricardo Nicolau.
O comunicado de imprensa conjunto do Banco Espírito Santo e da Fundação Serralves explica assim os projectos que vão ser agora apoiados:
Catarina Botelho: Segunda Pele (fotografia)
As fotografias de Catarina Botelho compõem um universo familiar intimista que faz das relações humanas o seu centro de atenção. Os personagens das suas fotografias, que pertencem invariavelmente ao círculo familiar e de amizade, são revelados em diferentes situações. Trata-se de um delicado movimento onde a observação se traduz num gesto afectivo.
Pedro Neves Marques: (projecto ainda sem título - vídeo)
Pedro Marques recupera e revitaliza algumas das principais premissas da arte conceptual das décadas de 1960 e 1970, nomeadamente a serielidade e alguma anti-visualidade. No fundo, o artista desloca problemas iminentemente visuais para outros meios, nomeadamente o texto. Não sendo um fotógrafo, mas sim alguém que utiliza a fotografia entre outros meios, como o desenho, a pintura e a escrita, ele problematiza questões derivadas da utilização da fotografia nas últimas quatro décadas. O seu projecto, a produzir para a exposição em Serralves, em Novembro, consiste no registo vídeo de uma viagem de barco em que percorre, filmando, toda a costa portuguesa de Norte a Sul.
Ivo Andrade: (projecto ainda sem título - fotografia)
Ao esculpir rostos em batatas estes apenas vão ser visíveis no seu viço nas primeiras horas após terem sido esculpidos. A batata depois de ser esculpida entra num processo de apodrecimento, de decomposição e o rosto deforma-se em função desta (e vice-versa), pondo mesmo em causa o seu reconhecimento enquanto rosto e enquanto batata. Perceptivamente o objecto (batata esculpida) vai-se modificando com o passar do tempo, ganhando diferentes intensidades de tonalidades e formas, num decurso não controlado, natural e próprio da batata que é esculpida. É no fundo uma escultura condenada, à partida, a "desaparecer". Acabada na medida que não é mais trabalhada pela "mão", inacabada porque se altera e transforma incessantemente.
Através de um processo fotográfico são fixados diferentes estádios e alterações ocorridas no processo.
A forma como são fotografadas pretende dar-nos o objecto com um certo nível de neutralidade e pormenor (remetendo para fotografias dos arquivos museológicos, antropológicos e etnológicos).

(© Ivo Andrade)
4 comentários:
pois..grande cagada..
A Arte tem correntes que não são sempre compreendidas pelo comum dos mortais.
Basta cair no "goto" de um crítico para se ser catapultado para a Arte.
Julgo que por vezes os artistas - ou pelo menos os que são socialmente reconhecidos como tal - gozam com o público propondo trabalhos completamente desajustados e sem qualquer valor plástico mas que são aceites e acarinhados pelos críticos, sendo por isso, elevados à categoria de Obra de Arte.
Desculpem, mas a ideia da batata parece legítima. É mesmo muito interessante enquanto arte efémera. São jovens ainda têm muito para aprender. Não basta só uma boa ideia. Vamos ver o que mais fazem...
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