13 março, 2007

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Lou Reed, 1999 (© Robert Wilson, 82 x 56 cm, prova única)

Lou Reed, 1999 (© Robert Wilson, 82 x 56 cm, prova única)


Estou à procura do mistério de cada um.

Robert Wilson, Ípsilon, 9.03.2007

As polaróides de famosos tiradas por Robert Wilson estiveram escondidas durante muito tempo. Agora saíram do escuro para serem vistas em público pela primeira vez na Galeria Luís Serpa, em Lisboa.
Um dos exercícios que se pode fazer ao percorrermos estas imagens é o da comparação entre retratos da mesma pessoa feitos a cores e a preto e branco. É interessante, mas não surpreendente, notar, por exemplo, a diferença da carga dramática entre uma e outra técnica. Descobrir como uma pessoa se transforma em duas pessoas apenas pelo tipo de luz que nela incide ou a coloração com que nos é dada a ver. Wilson gosta da luz. Percebe-se isso nestas imagens onde ela é usada com parcimónia e em doses q.b..
A história destas fotografias resume-se a isto: em 1999, a Polaroid decidiu colocar nas mãos de Robert Wilson uma nova máquina de instantâneos de grande formato; o "artista total", como é conhecido, começa a experimentar o novo brinquedo com os amigos famosos que frequentam ou colaboram com o Watermill Centre, o centro de artes que fundou em 1992, em Long Island; primeiro posaram, entre outros, Philip Glass, Lou Reed, Isabella Rossellini, Cindy Sherman e Susan Sontag; depois vieram mais amigos, uns convidados, outros não, como Hillary Clinton que pediu para ser fotografada.
No auto-retrato que ofereceu ao galerista Luís Serpa, Wilson quase desaparece na escuridão. "É para conquistar um espaço", explicou ao Ípsilon.

Nan Goldin, 1999 (© Robert Wilson, 82 x 56 cm, prova única)

Nan Goldin, 1999 (© Robert Wilson, 82 x 56 cm, prova única)


Polaroids Portraits
Galeria Luís Serpa, R. Tenente Raul Cascais 1B, Lisboa
Tel.: 213977794
e-mail: info@galerialuisserpa.com
De terça a sábado, das 15h00 às 19h30, excepto feriados.
Até 28 de Abril

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