19 fevereiro, 2007

 fotografiafalada

© Dean Sewell

Trabalho notável de um fotojornalista australiano que foi das primeiras pessoas a estar presente em Aceh, na Indónesia, uma das províncias que mais sofreu com o tsunami, em Dezembro de 2004. Quando se fala da fotografia de grandes catástrofes põe-se logo o problema da estetização da dor. Por um lado o fotojornalismo, que é extremamente imediato, responde logo à desgraça alheia, não dá tempo para as pessoas começarem a pensar em termos estéticos de composição da imagem. Há nesta exposição [INGenuidades...] imagens do furacão Katrina em que o ponto de vista é completamente diferente. Aqui não houve o pudor de evitar pessoas. Pelo contrário, a objectiva procura-as para dar ideia do drama desta familia que perdeu tudo e que anda por ali à procura dos restos que possam aproveitar da sua casa, todas as recordações.
(Jorge Calado)

1 comentário:

SkinStorm disse...

Não acho que o fotojornalismo tenha de ser forçosamente imediato. Até acho que quando não o é, se percebe bem isso nas fotografias.

 
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