18 julho, 2007

*Três perguntas a...

Jordi Burch, auto-retrato, Mindelo

Jordi Burch. Fotógrafo de Lisboa, de 28 anos. Afirma-se, trabalho a trabalho, como um dos mais talentosos fotojornalistas da nova geração. Nasceu na Catalunha, mas vive em Portugal desde os 5 anos. Tem formação em Fotografia e Historia da Arte (ArCo, Lisboa). Faz da fotografia a sua actividade principal desde 1998. Publica regularmente na imprensa portuguesa e internacional. Faz parte dos colectivos [kameraphoto]. Estreou-se este ano muma grande exposição com Estamos Juntos!, na Casa Fernando Pessoa. Está agora a ultimar um documentário sobre o fim da Polaroid, onde o escritor e fotógrafo Pedro Paixão é o protagonista.

¿Por que é que fotografas?
Faço fotografia porque é a linguagem que melhor conheço para exprimir o que quer que seja. Sendo que ainda não a conheço bem. Daí o interesse em estar sempre a fotografar, a procurar linguagens novas dentro da própria fotografia. Dá-me a sensação que são infinitas.

¿Estamos Juntos! é uma exposição de balanço ou um ponto de partida?
Estamos Juntos! tinha de ser a minha primeira exposição. A ideia de um sentimento global, de que estamos juntos com todas as diferenças e que com isso somos ainda mais felizes. Somos de várias cores e feitios e isso faz com que nos possamos admirar uns aos outros sem monotonia. Não somos iguais, mas estamos juntos e isso é lindo.

¿No último leilão da Potássio 4, dentro do grupo de fotografia contemporânea as tuas fotografias foram das poucas a serem todas vendidas. A que é que achas que se deve este interesse? Acreditas que os leilões de fotografia têm espaço no mercado da fotografia em Portugal?
Fiquei muito feliz com a venda das minhas fotos. Fiquei também surpreendido. Não é muito habitual, em Portugal, comprar fotografias em exposições. Num leilão é diferente, talvez as pessoas já pensem em gastar dinheiro numa fotografia. É muito bom que isso aconteça. É muito bom que críticos de arte se manifestem sobre as fotografias que vão a leilão. Que façam com que nós, fotógrafos, sejamos um pouco mais humildes e que trabalhemos com sentido crítico. Há países em que os fotógrafos sofrem com as críticas, em Portugal sofre-se pela falta dela.

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho que não diria melhor, mas atrevo-me a acrescentar que para além de fazerem falta as críicas faz falta a discussão sobre as raízes das temáticas abordadadas e não tanto o elogio da forma e da cor que parece sempre sobrepôr-se.

 
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